Por meio de um debate via e-mail, um grupo de jovens se mobilizou para usar a Praça da Estação, um dos pontos turísticos mais antigos de Belo Horizonte, como local de encontro no verão.A ideia partiu diante de um decreto, de 2009, da prefeitura mineira, que proibia a realização de eventos de qualquer natureza na praça.
De forma horizontal, sem liderança e auto-organizado, o movimento transformou o espaço na Praia da Estação, onde "banhistas" mineiros e movimentos políticos se unem em blocos de Carnaval."O espaço público sempre foi um lugar de aprendizado e troca e vivência urbana", diz Fernando Soares, estudante de arquitetura.
Desde 2010, o grupo de e-mail chamado "Praça Livre" reúne de 20 a 500 pessoas na praça. Os participantes, muitas vezes desconhecidos, mas com interesses em comum, levam cadeiras de praia, guarda-sol, caixas de isopor e até farofa.
Para refrescar, o banho é garantido pelas fontes da praça e por um caminhão-pipa contratado com o dinheiro de uma vaquinha feita na hora, entre os próprios banhistas."É impossível que exista qualquer instrumento jurídico que impeça o cidadão livre de viver a experiência que a praça proporciona", diz Rafael Barros, 29, antropólogo e produtor cultural.
Durante o encontro, o grupo também discute outras questões relativas à ocupação e à organização do espaço público na cidade e elaboram ações para chamar a atenção do poder público para o tema."Ocupar o espaço público é um ato político, cívico, urbano e divertido", afirma a arquiteta e urbanista Priscila Musa.Até a abertura da Copa do Mundo, o Imagina na Copa vai contar 75 histórias de jovens que estão transformando o Brasil para melhor.
Os vídeos serão publicados no site www.imaginanacopa.com.br e aqui, na comunidade Juventude e Política.
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