Após sete quedas consecutivas, o número de brasileiros com contas em atraso voltou a subir no último mês de outubro. De acordo com levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o último mês fechou com cerca de 59,3 milhões de brasileiros registrados na lista de inadimplentes e com nome negativado.
A quantidade é expressiva, já que corresponde a 39% da população do país com idade entre 18 e 95 anos. Em relação a outubro de 2016, o número atual apresenta 0,20% de avanço.
No comparativo por região, o Sudeste concentra o maior número de pessoas no cadastro de devedores: são 24,34 milhões, que equivalem a 37% do total de consumidores que residem nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Em segundo lugar, está a região Nordeste com 16,53 milhões de negativados (ou 41% da população adulta da região) e na terceira colocação está a região Sul, com mais de 8,04 milhões (36% dos adultos residentes). Em termos proporcionais, o Norte está na frente, já que as mais de 5,4 milhões de pessoas com dívidas correspondem a 46% da população adulta da região.
Com relação aos principais credores, os bancos possuem lugar de destaque com 48% do total de dívidas a receber. No pódio, ainda estão o comércio, com 19% do total de inadimplência, e o ramo de comunicação, com 14% das dívidas. Em seguida, vêm os setores de água e energia, que concentram juntos 8% das pendências.
Apesar do aumento recente, o volume de contas em atraso tem diminuído de forma contínua desde o ínicio de 2016. Além disso, a contratação de novos empréstimos desacelerou significativamente no período.
Segundo pesquisadores responsáveis pelo estudo citado, essa mudança de panorama pode indicar que muitos devedores já começaram a pagar seus débitos, fazendo com que o número médio de dívidas por consumidor inadimplente também comece a diminuir.
2 alt=": 1.38; margin-top: 18pt; margin-bottom: 10pt;" dir="ltr">Controle financeiro é saída para fugir das dívidasCom a desaceleração econômica que tomou conta do país recentemente, muitos brasileiros vivenciaram o desemprego e a queda brusca na renda familiar. Com isso, os consumidores tiveram dificuldades de arcar com as contas da casa, mesmo as mais básicas.
Além do desemprego em alta, outro fator que pode ter contribuído para agravar a situação é a falta de controle financeiro das famílias. Quem já vivia com o orçamento apertado, acabou se tornando alvo fácil do descontrole financeiro e do endividamento.
O hábito de gerenciar as finanças e construir uma reserva financeira ainda não é muito difundido no país. Dessa forma, muitos brasileiros acabam se endividando e tendo dificuldades de arcar com seus compromissos.
A melhor forma de driblar a inadimplência é ter planejamento financeiro adequado, já considerando a possibilidade de haver imprevistos como problemas de saúde e perda do emprego. Dessa forma, o indivíduo consegue arcar com estes custos sem prejudicar seu orçamento.
Outra saída, que deve ser trabalhada em conjunto com o controle financeiro, é a definição de um plano de investimentos. Dessa maneira, o dinheiro economizado para a reserva financeira pode ser investido em boas aplicações que oferecem segurança e retorno mais interessante que a poupança. Entre os exemplos mais procurados por quem tem interesse de ir além da caderneta estão: aplicação CDB, Tesouro Direto, Letras de Crédito e Bolsa de Valores.