Não quero nada demais, nem de menos. Simplesmente quero. E quero tudo. E ao mesmo tempo. Um dia quero uma coisa, outro dia, quero outra. No seguinte quero as duas e depois já não quero mais. E assim sigo.
Sempre querendo e desquerendo.
Não querendo e querendo de novo.
Analisando possibilidades, vivendo extremos, experimentando e, principalmente, me permitindo. E o querer vai além do material. Falo, sobretudo, de sentimentos, de experiências, de contato com pessoas, de sonhos nos planos mais elevados. Ainda que intangíveis ao ponto de minha percepção mais lúcida saber o quão inviáveis são. Não importa. Continuo querendo. E tentando.
E nesse processo de querer, desquerer, tentar e sonhar, abro minha mente. Amplio minhas percepções. Erro, erro de novo. Erro mais uma vez (não três seguidas senão é burrice). E não é que uma hora acerto? E depois, erro de novo... E assim me torno mais e mais grata. Gratidão.
É no querer que abrimos nossas mentes às novas oportunidades. Nada de desejos restritos, sentimentos controlados e controladores. Quero muitos sonhos, quero novas reflexões, quero mais amor e emoções. Quero mais intensidade. Não quero mais. Quero mais tranquilidade.
É o querer, precisar, necessitar, evoluir. E nesse processo de idas e vindas, involuir também. É um ciclo em que hora se está no topo, hora não. Também não importa, afinal, o que é topo se o ciclo continua acontecendo, girando, somando (...) É a vida seguindo. É a vida se indo...
Quero, quero sempre mais e demais!! Quero mais viagens, quero novos trabalhos, quero mais abraços, mais sorrisos, mais reconhecimento e sapatos.
E o dia que eu parar de querer, deixo de sonhar, deixo de viver.
Simples assim.
Karina Cardoso