E pela segunda vez, sediando uma copa, a seleção brasileira deixa escapar a conquista do principal torneio de futebol do mundo. Em 1950, o Brasil foi surpreendido pelo aguerrido Uruguai com uma virada de 2x1, criando assim o mito do Maracanazo.
Desta vez, foi a derrota humilhante por 7x1 para a simpática e boa de bola Alemanha. Essa eliminação na fase semifinal fez desmoronar o castelo de areia de Scolari e Parreira que comandaram uma equipe sem criatividade e dependente do talento de Neymar. Em todas as partidas disputadas a seleção apresentou um fraco futebol com jogadores como Fred se arrastando em campo. Era visível o mau condicionamento do artilheiro tricolor, que vem de uma recuperação física que durou seis meses.
E o que dizer do setor mais importante do time? O meio-campo. Um desastre total. Volantes em excesso e sem jogadores com capacidade de pensar e criar um jogado tocado e cadenciado. Oscar, Paulinho, Fernandinho, Neymar e Ramires se resumiam a correr com a bola. O setor não trocava 5 passes consecutivos, uma verdadeira aula de antifutebol.
Passado o atropelamento alemão, o que vai ficar na história, e marcado na carreira da comissão técnica, dirigentes e jogadores é essa humilhante derrota, não a eliminação em si. Resta trabalhar e reestruturar o futebol que um dia foi campeão e o mais criativo do mundo. Foi-se o tempo que a camisa canarinho impunha respeito aos adversários. Agora é recomeçar e bola pra frente...