Não é preciso ser especialista na área jurídica para saber o básico sobre direitos autorais. Todo profissional da área de comunicação deve ser um exemplo para a população. A grande maioria dos veículos de comunicação respeita praticamente todas as leis que regem os direitos autorais no Brasil mas existe ainda uma parcela significativa de veículos que não cumpre a lei. Criada em 1998 a lei 9.610 que rege os direitos autorais até então não visava o crescimento da internet e os impactos que esta nova forma de comunicação na regulamentação.
A internet para muitos ainda é uma “terra sem lei”, porém não é bem assim. Países como os EUA já adotam medidas extremas contra downloads ilegais visando proteger a propriedade intelectual. Por outro lado a própria indústria não colabora e ainda anda à passos lentos para mudar este cenário. O custo de vida em todo o planeta se torna mais caro com o passar do tempo, sobra menos dinheiro para bens e serviços supérfluos para que não falte produtos e serviços de primeira necessidade. A maioria das pessoas com certeza não teria problema algum em comprar uma música por R$ 0,99, um episódio de um seriado por R$ 1,99 ou talvez um filme por R$ 3,99 de uma forma simples e em uma plataforma segura sem vírus apenas com um download pela internet. Um bom exemplo é o iTunes. Mas ainda existe um longo caminho à ser traçado pela indústria do entretenimento, enquanto tentarem insistir na venda de produtos físicos à preços estratosféricos como DVD à R$ 49,90 os downloads ilegais continuarão à existir.
O papel dos veículos é de informar e conscientizar o público da importância de fortalecerem as plataformas de downloads legalizados pois é de extrema importância que a indústria veja que é imprescindível a mudança de sua postura e passe à melhorar seus serviços ao público. O fã deve ser conscientizado que seus ídolo (do ramo musical, cinema ou qualquer outra área artística) depende da venda de músicas, materiais audiovisuais, ingressos e patrocínios e que o papel do público para que tudo funcione é fundamental. Muitos dizem que fazem downloads ilegais ou adquirem produtos piratas porque os músicos, atores e artistas já são ricos mas não podemos esquecer que dentro da indústria do entretenimento existe um grande número de profissionais envolvidos.
O artista fatura muito na maioria das vezes porém existe o técnico, o assistente, o diretor, o produtor, logística, marketing, taxas, impostos e uma centena de despesas que dependem da valorização e do apoio financeiro do público por meio da compra de ingressos, produtos físicos e/ou digitais.