O governo equatoriano anunciou a retirada da permissão de funcionamento da Fundação ambientalista Pachamama que há 16 anos atuava em defesa de causas ligadas à população tradicional e natureza do país.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a organização teve a sua licença cassada devido a um suposto desvio dos fins e objetivos do estatuto da instituição. A Pachamama é acusada de cometer "assalto à segurança interna e à paz pública" do Equador.
Representantes da Fundação Pachamama acionaram a Comissão Interamericana de Direitos Humanos para denunciar a decisão do governo do Equador. Mario Melo, advogado da Ong, confirmou a denúncia do caso para instâncias nacionais e internacionais e ressaltou que a cláusula estabelecida pelo governo fere os direitos da entidade.
Na acusação feita pelo presidente Rafael Correa, alega-se que ativistas da Pachamama tentaram agredir o embaixador do Chile e um empresário bielorrusso durante um protesto de indígenas e ambientalistas na quinta-feira (29) na cidade de Quito, capital do Equador. Os manifestantes protestavam contra a licitação de campos de petróleo em uma região remota da Amazônia, na fronteira com o Peru.
A Ong não teve a oportunidade de responder as acusações. Os representantes da Fundação afirmam que a postura do governo foi radical e que eles sequer foram notificados a respeito do caso.
A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) demostrou apoio a organização e disse que a entidade está sofrendo uma perseguição política do governo equatoriano. (pulsar/agenciapúlsar)