Um protesto reuniu estudantes, pais, mães e professores da rede estadual de ensino em frente à Secretaria de Educação (Seed) na manhã da última terça-feira (27), em Curitiba, no Paraná. O motivo foi o anúncio feito pelo governo Beto Richa (PSDB) de fechar dezenas de escolas no estado. A avaliação da reestruturação do ensino e o plano de fechamento, realizados pela secretaria e pelos Núcleos Regionais de Educação (NREs), serão concluídos em novembro.
Segundo a Secretaria, 71 casos estão atualmente em estudo e podem ser alvos de cessação gradativa, remanejamento de turmas ou encerramento de locações. Destes, 31 se referem a escolas rurais e 19 à Educação de Jovens e Adultos (EJA). Infraestrutura e questões pedagógicas e de recursos humanos serão requisitos de análise.
Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), o número divulgado, de no máximo 40 fechamentos, pode ser até triplicado se forem consideradas as escolas que intercalam turnos, as que fecharam séries e não ofertaram mais vagas e os casos de utilização de um único estabelecimento para o funcionamento de mais de uma escola.
Para Hermes Silva Leão, presidente do sindicato, se a análise técnica constata que há redução de matrículas, deixando salas ociosas, o debate que precisa ser trazido é o da permanência dos estudantes por mais tempo nas escolas. Nesse sentido, ele sugere a ampliação de programas e projetos escolares, assim como o aumento da jornada de ensino.
Após o protesto, a diretoria da Secretaria recebeu uma comissão composta por estudantes, diretores, professores, pais, mães e pela diretoria do sindicato. A comissão reclamou da falta de diálogo e a diretoria afirmou que encaminhará as reclamações. (pulsar/brasil de fato)