Parlamentares e representantes do governo defenderam na última terça-feira (7) políticas públicas de convergência para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Durante debate realizado pelas comissões do Esporte; de Turismo; de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, todos concordaram que as redes criminosas devem ser desmembradas com a atuação também em rede das instituições governamentais.
De acordo com Adelino Silva Neto, coordenador da Proteção à Infância do Ministério do Turismo, a pasta vai dar prosseguimento ao programa Turismo Sustentável e Infância, que, durante o Carnaval e a Copa do Mundo de 2014, envolveu 110 mil pessoas no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes. Silva Neto acredita que o aumento no número de denúncias sobre exploração sexual, foram mais de três mil durante a Copa por meio do Disque 100, não significa necessariamente o aumento de casos, e sim da sensibilização das pessoas sobre a existência desse crime.
Para o coordenador de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Marcelo Nascimento, o caminho para a erradicação do crime é a “Agenda de Convergência”, implementada pelas três esferas do governo durante a Copa do Mundo. A política manteve, nas 12 cidades-sede da Copa, comitês locais voltados para ações preventivas, compostos por dois mil e 500 profissionais, entre eles conselheiros tutelares, médicos e assistentes sociais.
Na opinião do representante da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Vitor Neves Feitosa, o trabalho integrado dos órgãos confere maior agilidade às tomadas de decisão. Segundo ele, as secretarias da criança e do adolescente são parceiras das polícias militar e civil e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o que permite uma proteção “integral e rápida”.
Representante da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na audiência, Márcia Freitas reconheceu que ainda é preciso melhorar a comunicação entre os órgãos do governo e incentivar o diálogo entre todos os participantes para enfrentar a exploração sexual. (pulsar)