Juntos, os maiores bancos do país, o Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Santander, lucraram 13 bilhões de reais no segundo trimestre de 2016. O valor ficou acima do mesmo período do ano passado, quando lucraram 12 bilhões. Ainda assim, os banqueiros se recusam a dar aumento salarial para os funcionários, que estão em greve desde o dia 6 de setembro.
A proposta de reajuste os bancos é de sete por cento, mais um abono. Porém, a oferta está abaixo da inflação dos últimos 12 meses, que ficou em 9,62 por cento. A categoria reivindica 14 por cento de aumento sobre os salários e benefícios. O percentual contempla a reposição da inflação, mais cinco por cento de aumento real.
Para Adriana Nalesso, presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, o reajuste é plenamente possível de ser atendido pelos bancos, que continuam sendo o setor mais lucrativo da economia brasileira. Além do reajuste, os bancários reivindicam piso salarial de três mil 940 reais e 24 centavos, vale alimentação, vale refeição, auxílio-creche ou babá no valor de 880 reais ao mês e, sobretudo, melhores condições de trabalho.
Segundo Adriana, hoje, um dos principais problemas enfrentados no setor é o assédio moral sofrido por funcionários, e as metas de abusivas impostas pelos patrões.
Em todo país, são 13 mil e 71 agências bancárias fechadas e 48 centros administrativos. O número representa 56 por cento de todas as agências do Brasil. Os dados são da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Segundo Adriana Nalesso, a greve vem crescendo em todo o país e continua por tempo indeterminado. (pulsar/brasil de fato)