A reitoria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) afirmou que a grave crise que afeta o estado pode causar o seu fechamento. De acordo com a reitoria, é necessário efetuar o pagamento dos servidores e liberar recursos para que a instituição possa funcionar.
Em um ofício publicado na página da instituição e enviado ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), a reitoria afirma que, caso isso não aconteça, “as atividades ficarão impossibilitadas nas diversas unidades”, incluindo o Hospital Pedro Ernesto e a policlínica Piquet Carneiro.
No documento, assinado pela reitora em exercício Maria Georgina Muniz Washington, a instituição reivindica os pagamentos de novembro, dezembro e o décimo terceiro dos funcionários, além do repasse de bolsas e auxílios.
Em nota, a Secretaria Estadual da Fazenda se posicionou sobre o assunto e disse que os funcionários estatutários da Uerj vêm recebendo os salários junto com os demais servidores, dentro do calendário de pagamento. Neste caso, o pagamento de novembro de 2016 está sendo parcelado em cinco vezes.
No site da universidade, o reitor Ruy Garcia Marques e a vice-reitora Maria Georgina Muniz Washington afirmam que desprezar o ensino superior, a pós-graduação e a pesquisa é apostar na miséria, na violência e num futuro sem perspectivas positivas. Para eles, forçar o fechamento da Uerj é não pensar no futuro do Rio de Janeiro e do Brasil.
Está marcado para esta quinta-feira (12) um ato unificado em defesa da Uerj com alunos, professores, funcionários e membros da comunidade. A concentração é às oito horas da manhã, em frente ao Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE).
A Uerj, ao longo das suas mais de seis décadas de existência, cresceu e firmou-se como uma das principais universidades do País. Atualmente, é a décima primeira colocada em qualidade entre as 195 universidades brasileiras, segundo o ranking da Times Higher Education de 2016, e a vigésima entre todas as universidades da América Latina. (pulsar)