Até o próximo dia 15 de fevereiro diversos países discutem os impactos de fatores sociais e ambientais na vida das pessoas no 14º Congresso Mundial de Saúde Pública, em Calcutá, na Índia. O objetivo da delegação brasileira é influenciar a percepção de que o acesso à saúde vai além da assistência médica. O evento, cujo tema é “Pessoas Saudáveis, Ambientes Saudáveis”, reúne pesquisadores e profissionais de gestão de organizações internacionais desde a última quarta-feira (11).
O encontro é promovido a cada três anos pelo Congresso da Federação Mundial de Associações em Saúde Pública, tem como uma de suas metas influenciar as decisões da Organização das Nações Unidas (ONU), que discute a adoção das novas Metas do Milênio. Entre os 17 novos objetivos previstos, está o de “assegurar uma vida saudável e promover bem-estar para todos”.
Na avaliação dos especialistas, a meta precisa estar ligada aos demais objetivos, como acabar com a pobreza, garantir acesso à água, ao saneamento e à energia elétrica, e o cuidado com o meio ambiente.
De acordo com Luiz Facchini, representante da Federação Mundial de Associações em Saúde Pública, conselheiro e ex-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), as condições de saúde das pessoas são determinadas por vários fatores e a pobreza é um dos principais.
A discussão sobre a cobertura universal de saúde, como um direito humano e obrigação do Estado, também estará na pauta do evento. Segundo o secretário executivo da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), Francisco Campos, apesar dos problemas, o Brasil é o único país com população acima de 200 milhões de pessoas que possibilita acesso a todos os serviços gratuitamente, desde as consultas até um transplante de órgãos, e está na Constituição. (pulsar/brasil de fato)