Cerca de 200 manifestantes ficaram feridos em Curitiba durante uma forte repressão policial ordenada pelo governador Beto Richa (PSDB). O protesto foi realizado por servidores públicos contrários ao projeto de lei que altera as regras de custeio da Paraná Previdência.
Ambulâncias tiveram dificuldade de se aproximar para socorrer os feridos, uma vez que a Tropa de Choque da Polícia Militar fez um cordão para isolar o prédio da Assembleia Legislativa dos professores que tentavam ocupar o espaço para impedir a votação da lei que muda as regras da previdência social do funcionalismo público.
Bombas de gás lacrimogêneo, efeito moral e jatos de água foram lançados indiscriminadamente pela PM contra os manifestantes. Havia entre os feridos idosos, crianças e deficientes. Uma senhora que se apoiava nas grades do prédio da Assembleia foi alvejada à queima-roupa por um disparo de bala de borracha no meio das costas enquanto a polícia avançava contra o protesto.
Mesmo sob forte protesto dos 20 mil manifestantes, o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), recusou-se a parar a sessão. O projeto foi aprovado no início da noite, em segundo turno, com 30 votos favoráveis e 21 contrários. Os parlamentares chegaram a fechar a sessão por causa da confusão, mas abriram uma extraordinária e aprovaram as mudanças da regra previdenciária. O projeto vai para a sanção do governador Beto Richa (PSDB). (pulsar)