Em protesto contra a poluição do Rio Doce, indígenas Krenak fecharam a estrada de ferro Vitória-Minas, utilizada pela Vale, sócia da Samarco. O rompimento das barragens já é considerado o maior desastre ambiental da história do país.
Os índios vivem às margens do Rio Doce e exigem que a Vale discuta a recuperação do rio e a distribuição de água potável para a tribo. Segundo eles, caso as demandas não sejam atendidas, os trens continuarão parados na ferrovia.
De acordo com a liderança Geovani Krenak, o rio era o principal meio para a sobrevivência da comunidade. Ele conta que os peixes estão morrendo e que os indígenas não podem mais usar o rio pra tomar banho ou pescar.
Por danos ao meio ambiente, o governo federal junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), anunciou na última quinta-feira (12) a aplicação de cinco multas à Samarco que chegarão ao valor de 250 milhões de reais.
O rompimento das barragens resultou, até o momento, em 11 mortos. O desastre despejou rejeitos no Rio Doce, que abastece municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo. (pulsar/rba)