O ativista de direitos humanos e prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel visitou o Museu da Maré, no complexo de favelas que leva o mesmo nome, na manhã desta terça-feira (17) em conjunto com movimentos populares e representantes de entidades que compõem a Comissão Popular da Verdade.
Durante a coletiva de imprensa, Esquivel alertou que a democracia na América Latina está em perigo, principalmente devido as sucessivas perdas de direitos sociais e violações. O argentino, que venceu o prêmio Nobel da Paz em 1980 e é comprometido com a teologia da libertação e a não violência, iniciou uma campanha que já conta com mais de 230 mil assinaturas para que o ex-presidente Lula receba o Nobel da Paz em 2018. Segundo o ativista, Lula retirou milhares de pessoas da miséria, tornando-se um dos líderes populares mais expoentes do continente.
Segundo Esquivel, a proposta de Lula à candidato ao Prêmio Nobel da Paz foi lançada porque ele merece o prêmio, De acordo com o ativista, Lula tem o seu nome voltado para o trabalho com os mais necessitados e retirou da pobreza extrema mais de 30 milhões de brasileiros e brasileiras. O argentino afirma que nenhum presidente no mundo alcançou isso.
A candidatura para o Nobel da Paz será oficializada em setembro. Esquivel vai buscar apoio em países como Alemanha, França, Itália e Espanha para a campanha a favor de Lula. Na última segunda-feira (16), o ativista solicitou à Justiça Federal do Paraná a autorização para visitar o ex-presidente que encontra-se preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
O evento marcou o pré-lançamento da Comissão Popular da Verdade, que será oficialmente lançada no dia 19 no Salão Nobre da Faculdade Nacional de Direito (FND), na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo Rodrigo Marcelino, que integra a Frente Brasil Popular e acompanha a Comissão, a iniciativa é popular por não ser um órgão do Estado e traz o desafio de apurar em tempo real as violações de direitos cometidas por agentes públicos.
Ainda nesta semana a Comissão Popular irá divulgar uma página no Facebook e um telefone disponível do Centro de Documentação e Pesquisa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – RJ) para receber denúncias de violações. (pulsar/brasil de fato)