Enquanto em Brasília o governo de Michel Temer e os deputados da sua base deixam clara a pressa para aprovar as reformas trabalhista e previdenciária, setores da sociedade civil se preparam para uma greve geral nesta sexta-feira (28) de abril.
Bancários, metroviários e motoristas de ônibus de São Paulo, professores da rede pública, petroleiros e servidores de várias regiões do Brasil já anunciaram sua adesão à paralisação nacional. Aeronautas decidirão sua participação na greve nesta quinta (27) – mas não devem parar totalmente. Para além das participações de categorias esperadas, professores de algumas escolas particulares, em São Paulo, no Rio e Fortaleza, se somaram ao protesto, com apoio de parte das diretorias.
Além da greve, a semana também tem sido marcada por manifestações dos povos indígenas que participam da décima quarta edição do Acampamento Terra Livre (ATL) em Brasília. Mais de quatro mil indígenas participam do acampamento que tem como principal objetivo a garantia dos direitos constitucionais dos povos originários, que, após a entrada de Michel Temer, têm sido sistematicamente violados.
A Greve Geral tem a organização das maiores centrais sindicais do país, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, o ato se voltará contra o combo das reformas da Previdência e trabalhista proposto pelo Planalto. Em São Paulo, a concentração está prevista para as quatro da tarde no Largo da Batata, zona oeste, e deve seguir em passeata até a residência do presidente, no bairro de Pinheiros.
No Rio de Janeiro o ato começará às cinco da tarde, na Cinelândia, região central. As manifestações contam com o apoio de movimentos de oposição ao Planalto, como a Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. No final de março, movimentos de esquerda já haviam ido às ruas contra as reformas em todo o país, em atos que tiveram grande adesão, e que tiveram como foco as reformas e o grito de “Fora Temer”. (pulsar/el país/cimi)