Uma descoberta de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pode evitar o desenvolvimento da infecção causada pelo vírus da Zika em humanos. O estudo está em fase de testes e apresenta resultados promissores no campo da ciência.
Os pesquisadores estão há três anos trabalhando em uma vacina contra a Zika. Nos últimos dois anos, o grupo passou a estudar a eficácia da vacina da febre amarela no combate ao Zika. O professor do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ (IBqM/UFRJ) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biologia Estrutural e Bioimagem (INBEB), Jerson Lima Silva, explica que o resultado é um esforço coletivo para frear o crescimento dos casos da doença no país. Segundo ele, a prevenção é sempre a melhor maneira de se combater doenças virais. O pesquisador detalha ainda que tanto o vírus da febre amarela, quanto o da Zika, são da mesma família e possuem muitas semelhanças.
A descoberta da ação da vacina da febre amarela contra a Zika pode significar uma economia de tempo e dinheiro para o governo, uma vez que a vacina da febre amarela já é licenciada no Brasil.
Dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde apontam para um aumento dos casos da doença entre os períodos de dezembro de 2018 a março de 2019. As análises comprovaram 2 mil e 62 casos prováveis de Zika no país, enquanto, em 2018, no mesmo período, foram registrados mil 908 casos prováveis. De acordo com o levantamento, a região Norte apresentou o maior número de casos prováveis (912 casos; 44,2 por cento) em relação ao total do Brasil.
Segundo a Fiocruz, em 80 por cento dos casos, a Zika não apresentam manifestações clinicas. Mas a doença é considerada grave em gestantes já que sua associação foi cientificamente comprovada à microcefalia em fetos. A epidemia de Zika no verão durante o verão de 2015/2016 representou uma das maiores emergências na área de saúde do Brasil. (pulsar/brasil de fato)
*A reportagem na integra está no site do Brasil de Fato