A participação dos estudantes na formulação e implementação de políticas públicas de saúde foi defendida nesta terça-feira (3) pelo Conselho Nacional de Saúde e pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), na nona Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), que promoveu um painel sobre Educação, Saúde e Desenvolvimento: a Juventude por Mudanças na Saúde do Brasil para Cuidar Bem das Pessoas.
Segundo a presidenta do Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro de Souza é de suma importância que os jovens se interessem pelos conselhos de saúde e ajudem a fortalecê-los, de modo a torná-los ambientes legítimos para o atendimento das necessidades da sociedade.
Ela destacou ainda que os jovens têm se engajado em bandeiras libertárias, como liberdade de expressão e respeito às diferentes orientações sexuais, mas é preciso maior participação na defesa de direitos sociais para evitar a dependência do mercado.
Já a pesquisadora Lígia Bahia, que representou a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) no debate, afirmou que a participação do jovem pode ser fundamental na discussão da política de drogas, na luta antimanicomial e na defesa do parto normal.
Lígia lembrou que parte dos jovens está se formando em áreas de saúde, e precisam trabalhar também a solidariedade com usuários da saúde pública. De acordo com ela, esses jovens que serão futuros profissionais, precisam muito lutar pela possibilidade de ter uma carreira pública e um sistema mais justo.
Coordenadora da bienal, a diretora Cultural da UNE, Patrícia de Matos, disse que o evento é mais um espaço para que os jovens reflitam e defendam direitos adquiridos, mas ressaltou que é preciso ir além dos espaços institucionalizados. (pulsar)
*Informações Agência Brasil