O Observatório de Drogas e Direitos Humanos Vozes da Rua, plataforma que vai reunir dados sobre pessoas que vivem em situação de rua na cidade de São Paulo, foi lançado no último sábado (22). De acordo com Marcos Magri, integrante do coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR) – entidade idealizadora do observatório – a troca de experiências será a principal ferramenta para o debate.
A ‘cracolândia’, na região central, será um dos principais objetos do observatório. Segundo Magri, vários entes públicos atuam na região, mas as políticas ainda não apresentam resultado satisfatório. Ele afirma que depois de muitas ações as condições continuam são precárias, ainda não há uma Unidade Básica de Saúde na região nem outros serviços de saúde específicos para essa população, nem mesmo centros de acolhida.
O olhar do usuário de crack ao ser revistado e constrangido pela polícia diariamente, o sufoco de um trabalhador que enfrenta condições precárias na rede pública de saúde, a visão de uma moradora de rua que vive carregando seus filhos são exemplos que vão ganhar a atenção de mais de 20 entidades que integram o Vozes da Rua.
De acordo com Marcos, “o observatório tem como objetivo dar um pouco de luz às outras violações que não têm tanta visibilidade por causa da falta de políticas sociais. A expectativa é que seja uma iniciativa que dê um pouco de fôlego para se pensar criticamente as ações feitas para as populações vulneráveis”. (pulsar/rba)