A Rede Escola Pública e Universidade, composta por entidades ligadas a área de educação, divulgou nesta terça-feira (28), um relatório de fechamento de escolas e ciclos escolares no estado de São Paulo, produzido a partir de dados da própria Secretaria de Educação. O texto traz evidências de que a reorganização escolar está acontecendo mesmo após uma liminar de Justiça, conquistada após o levante dos estudantes secundaristas, barrar o projeto.
De acordo com os dados apresentados, 53 escolas foram fechadas ou tiveram as matrículas em ciclos específicos, como ensino fundamental nos anos iniciais ou finais, impedidas. O relatório aponta que, “coincidentemente”, os ciclos que não aceitam mais matrículas e as escolas fechadas são as mesmas do projeto inicial de reorganização do governador Geraldo Alckmin (PSDB) que foi impedido pela Justiça.
A entidade aponta que a liminar não está sendo respeitada pelo governo e traz dados que mostram o aumento da superlotação de salas derivado dos fechamentos. O texto mostra que cerca de 30 por cento das escolas que constavam na lista do projeto de Alckmin foram reorganizadas mesmo com a proibição judicial.
O documento afirma que “165 escolas não ofertaram turmas de ingresso nos primeiros anos de cada ciclo, ou seja, nos primeiro e quinto anos do Ensino Fundamental e primeiro ano do Ensino Médio. Destas, 53 estavam na lista de fechamento (94 unidades) ou de reorganização (754 estabelecimentos), o que representa 32 por cento do total de escolas cujas turmas de ingresso foram extintas”. (pulsar/portal fórum)