Entre os dias 13 e 17 de abril acontece em Marabá, no Pará, a Conferência Internacional da Reforma Agrária. O evento, organizado pela Via Campesina, tem o objetivo de fortalecer a unidade e a solidariedade entre os povos, estudar as estratégias do capital e suas crises, trocar informações e experiências sobre políticas públicas e debater as diversas propostas de reforma agrária apresentadas pelos movimentos populares que lutam pela terra. Representantes de organizações camponesas de dez regiões de todos os continentes estão presentes.
Para Marina dos Santos, membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e coordenadora Internacional da Via Campesina pela América Latina, o principal é atualizar o debate sobre reforma agrária e contribuir para a construção de um calendário de lutas comuns.
Para Faustino Torrez, da Asociación de Trabajadores del Campo (ATC) e da Via Campesina pela Centro América, o significado da reforma agrária vem sendo apropriado e deturpado pelos Estados e pelo capital. Por isso, o debate neste momento é fundamental para a articulação.
A conferência também homenageia os 19 mortos no Massacre de Carajás, que completa 20 anos no próximo domingo (17). Nesse dia, os participantes irão se juntar à juventude do MST que está acampada na Curva do S, em Eldorado dos Carajás, local onde aconteceu o ataque contra os trabalhadores sem-terra. (pulsar/página do MST)