Prata, bronze e uma nova prata: ao lado de Erlon de Souza Silva, Isaquias Queiroz fez história no último sábado (20) ao terminar na segunda colocação na final da canoa dupla de 1000 metros nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Isaquias se tornou o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas em uma mesma edição de Jogos Olímpicos.
A primeira delas veio na terça-feira (16), quando o canoísta baiano natural de Ubaitaba, que em tupi-guarani significa “Cidade das Canoas”, levou a prata inédita para a canoagem brasileira na canoa individual de 1000 metros. A segunda, de bronze, veio dois dias depois, quando Isaquias chegou em terceiro lugar na prova de 200 metros, em uma incrível prova de recuperação.
Para fechar a participação história, Isaquias contou com o apoio do também baiano Erlon de Souza Silva – a dupla conquistou o Mundial de 2015, em Milão, no na prova de 1000 metros. Com apoio da torcida que lotou o Estádio da Lagoa e o entorno da estrutura montada na Lagoa Rodrigo de Freitas, os dois brasileiros lideraram a prova desde o início, mas foram superados pelos alemães Sebastian Brendel e Jan Vandrey nos metros finais.
Depois do bronze nos 200 metros, Isaquias disse que “queria chegar aonde nenhum brasileiro chegou”. E, de fato, fez história na Lagoa Rodrigo de Freitas. Com as três medalhas, o canoísta de apenas 22 anos de idade superou outros quatro atletas que tinham chegado ao pódio duas vezes numa única edição de Jogos Olímpicos: os atiradores Afrânio da Costa (prata e bronze na Antuérpia 1920) e Guilherme Paraense (ouro e bronze na Antuérpia 1920); e os nadadores Gustavo Borges (prata e bronze em Atlanta 1996) e Cesar Cielo (ouro e bronze em Pequim 2008).
Para chegar até a conquistas olímpicas Isaquias superou uma infância difícil no interior da Bahia e até mesmo a perda de um rim aos dez anos. Neste domingo (21), o canoísta foi o porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de encerramento. (pulsar)
*Com informações do Opera Mundi