Os equatorianos rejeitaram neste domingo (04/02) em referendo a possibilidade de reeleição indefinida para presidente, numa decisão que fecha as portas para um retorno político do ex-presidente Rafael Correa, que governou o país por uma década (2007-2017).
O referendo era impulsionado pelo atual presidente Lenín Moreno, um ex-aliado político de Correa que argumenta que a reeleição ilimitada mina a democracia: “A corrupção se instala quando você tem apenas um governo que pensa que vai ficar para sempre”.
Na segunda das sete perguntas que os equatorianos tiveram que responder no referendo, a maioria da população, 63%, pronunciou-se contra a reeleição indefinida, uma clara vitória política para Moreno.
A aprovação da medida, que visa limitar a reeleição do presidente a uma só vez para “garantir o princípio da alternância”, impede Correa, que cumpriu três mandatos, de tentar disputar um novo.
Após encerrar seu último mandato, em 2017, Correa passou a viver em Bruxelas, onde reside desde julho com sua esposa belga e seus três filhos. A convocação do referendo apressou seu retorno ao país, para coordenar a campanha pelo “não”.
Após governar por três mandatos, Correa não poderia se candidatar novamente. Em seus últimos anos na presidência, ele conseguiu, apesar da forte resistência da oposição, eliminar as restrições à reeleição a partir de 2021, quando pretendia concorrer novamente ao cargo. (pulsar/DW)