A defesa da Floresta Amazônica se tornou a atenção do mundo nesta semana. Isto porque a Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos) noticiou ter detectado uma fumaça na região que poderia ter sido ocasionada pelas queimadas. Grupos de representação indígena defendem que as queimadas no local ocorrem há 17 dias seguidos. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe), em 2019 mais de 53 mil focos de queimada foram registrados no Norte do País. Em 2018, esse número foi de 26 mil e 500.
Diversas figuras públicas demonstraram preocupação com a Amazônia e se manifestaram nas redes sociais. A ex-ministra do Meio Ambiente e presidenciável em 2018, Marina Silva (Rede), criticou o presidente Jair Bolsonaro e o atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que têm negado a situação na região: “A Amazônia está em chamas. O Ministro do Meio Ambiente fala em fake news e sensacionalismo. O presidente diz que ONGs podem estar por trás disso. A falta de compromisso com a verdade é uma patologia crônica. Essa postura irresponsável só agrava a emergência ambiental no Brasil”, afirmou.
O ator e ambientalista estadunidense Leonardo DiCaprio também chamou atenção do fato em seu Instagram. Ele escreveu: “O pulmão da Terra está em chamas. A Amazônia brasileira – lar de um milhão de indígenas e de três milhões de espécies – está queimando ininterruptamente há mais de duas semanas. Ocorreram 74 mil queimadas na Amazônia brasileira desde o começo deste ano – chocantes 84 por cento a mais que o mesmo período no ano passado, segundo a Nasa. Cientistas e ambientalistas atribuem a desflorestação acelerada ao presidente Jair Bolsonaro, que pautou um convite aos fazendeiros a limpar a terra após ter assumido o cargo em janeiro. A maior floresta do mundo é parte essencial da solução para as mudanças climáticas do globo. Sem a Amazônia, não conseguimos manter o combate ao aquecimento global”.
Com este cenário em vista, o 342 Amazônia, movimento organizado pela produtora musical Paula Lavigne, convocou atos em defesa da Amazônia por todo o País a partir desta sexta-feira (23). Estão previstos atos em todas as regiões do País e em pelo menos 21 capitais. (pulsar/carta capital)