Começou na última segunda-feira (21), no Centro de Treinamento Educacional (CTI), em Luziânia, Goiás, o 2° Encontro de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária (Enera). Até a próxima sexta-feira (25), o evento reúne cerca de mil e 500 educadores de todo o país para debater o atual momento da educação pública brasileira.
Passados 18 anos da primeira edição que aconteceu em 1997, o 2° Enera se consolida como um espaço de articulação entre os trabalhadores da educação. A luta é por um projeto de educação que garanta a formação dos sujeitos nas diferentes dimensões humanas, numa perspectiva libertadora e de transformação.
Para Edgar Kolling, da coordenação nacional do setor de Educação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), vivemos num período de crise em que o capital precisa pensar novas formas de se reproduzir, e uma destas formas é o avanço cada vez maior sobre a educação.
João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST, ressaltou a ofensiva do capital sobre a educação. Para ele, “o Estado brasileiro fez uma opção pelo modelo empresarial de educação. A lógica que opera hoje na educação é a lógica do custo benefício e da produtividade”.
O 1° Enera se constituiu num espaço de apresentação pública das experiências formativas e educativas do MST, e também um espaço de reivindicação e luta pelo acesso ao direito de estudar no campo em condições dignas. Também trabalhou uma proposta educacional que considerasse a especificidade, diversidade e a perspectiva de projeto defendido por estes sujeitos. Neste segundo encontro os desafios continuam, porém num contexto ainda mais complexo. (pulsar/página do mst)