Um abaixo-assinado online reuniu mais de 280 mil pessoas para impedir a entrada do suíço Julien Blanc no Brasil. A petição denuncia os métodos divulgados por Blanc para conquistar mulheres, com uso de violência e intimidação. Em nota, o Itamaraty confirmou já ter elementos suficientes para negar o visto de Blanc.
O instrutor viria ao Brasil em 2015 para palestras sobre ‘métodos de conquista’ considerados violentos e machistas. O curso oferecido por ele estava agendado nas cidades de Florianópolis e Rio de Janeiro para o início do ano que vem, a um preço de dois mil e 500 reais. Fontes do Ministério das Relações Exteriores já haviam sinalizado que a concessão de visto para o Brasil deveria ser negada, já que o país tem reconhecida atuação na área de direitos humanos.
Entre os ‘ensinamentos’ passados por Blanc em vídeos na internet, estão técnicas que incluem beijar mulheres à força e ignorar quando dizem não às investidas sexuais. Segundo o instrutor, o objetivo seria “ativar a prostituta que existe dentro delas”.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres divulgou uma nota repudiando a realização desse tipo de palestras no Brasil. E, nesta quinta-feira (13), o vereador Renato Cinco (PSOL) apresentou na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro um projeto de decreto legislativo para considerar Blanc como persona non grata na cidade. (pulsar/revista fórum)