A explosão de um carro-bomba no estacionamento de uma academia de polícia em Bogotá, na Colômbia, deixou ao menos 21 mortos e 68 feridos. O atentado ocorreu nesta quinta-feira (17) na Escola de Polícia General Francisco de Paula Santander. O promotor-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez, afirmou que o veículo era conduzido por um homem identificado como José Aldemar Rojas Rodríguez, que morreu na explosão.
Não está claro se Rojas Rodríguez integrava algum grupo armado ilegal. Também não está claro se se trata de um atentado suicida ou se os explosivos foram detonados à distância, sem dar tempo ao motorista para escapar, como já ocorrera em outras ocasiões no país.
Classificado pelas autoridades de terrorista, o atentado remete aos tempos em que o país estava mergulhado em conflitos envolvendo o narcotráfico e movimentos guerrilheiros. O presidente da Colômbia, Iván Duque, decretou três dias de luto oficial.
“Os cadetes que o terrorismo atacou […] representam o melhor da Colômbia: sua diversidade, já que vêm de distintas regiões, inclusive de países vizinhos, como Equador e Panamá”, disse o presidente. Diante disso, Duque afirmou que “os terroristas buscam intimidar” a Colômbia como sociedade “e amedrontar o Estado” colombiano.
Imagens dos arredores da academia de polícia, localizada no sul da capital, mostram a lataria do carro-bomba retorcida e árvores partidas pela força da explosão. Janelas de apartamentos vizinhos quebraram. Fazia mais de uma década que uma instalação da polícia ou militar do país não era alvo de um ataque de grandes proporções.
Familiares de cadetes da escola se reuniram no local, muitos deles chorando enquanto aguardavam informações. (pulsar/carta capital)