A taxa média de desemprego no país ficou em 12,4 por cento no trimestre encerrado em junho, abaixo de março (13,1 por cento) e de igual período de 2017 (13 por cento), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mas, a exemplo de levantamentos anteriores, o emprego formal não cresce, e o que traz alguma redução à taxa é, principalmente, o trabalho informal e por conta própria, além dos empregadores, já que o emprego com carteira assinada não avança.
De acordo com a pesquisa divulgada nesta terça-feira (31), o número de desempregados foi estimado em quase 13 milhões. O total de ocupados é de cerca de 91 milhões.
Mas o total de empregados com carteira no setor privado (32,834 milhões) ficou estável no trimestre e caiu 1,5 por cento em 12 meses: menos 497 mil vagas formais. Já o total de empregados sem carteira (10,989 milhões) aumentou 2,6 por cento (276 mil) e 3,5 por cento (367 mil).
O de autônomos (23,064 milhões) ficou estável na comparação com março e subiu 2,5 por cento em relação a junho do ano passado, com acréscimo de 555 mil, com destaque para os que têm CNPJ (7,5 por cento). Já no setor público, o emprego sem carteira aumentou mais do que o formal. A pesquisa mostra ainda crescimento do número de empregadores em 12 meses (mais 176 mil, 4,2 por cento), principalmente sem CNPJ (10,5 por cento). Esse grupo soma mais de quatro milhões.
Entre os setores, a maioria ficou estável do primeiro para o segundo trimestre. Dois tiveram crescimento na ocupação: indústria e administração pública, que inclui saúde, seguridade e educação. Em relação a junho de 2017, a situação se repete, com pequenas variações na maior parte dos casos e altas em administração pública e algumas áreas de serviços, como cultura, esporte e reparação de equipamentos de informática.
Estimado em dois mil 198 reais, o rendimento médio ficou estável nas duas bases de comparação, com queda no trimestre para o trabalhador doméstico. O mesmo aconteceu com a massa de rendimentos, que somou pouco menos de 196 bilhões. (pulsar/rba)