Aproximadamente 600 pessoas caminharam na última quarta-feira (9), em Brasília, pela Sexta Marcha Mundial do Clima, realizada simultaneamente em 100 países com o objetivo de chamar a atenção sobre “a grave ameaça que representam as mudanças climáticas” e pressionar os governantes. Segundo o professor Roberto Ferdinand, um dos coordenadores da marcha, o movimento possui três pautas globais.
A primeira é a democratização das informações sobre o clima. Para o professor, a sociedade brasileira não tem a menor ideia do meio ambiente e não sabe nada sobre mudanças climáticas, pois não há informação.
A segunda é a redução da emissão de gases por parte dos Estados unidos, China, demais países ricos e grandes emissores que, segundo o pesquisador, é criminosa. Ele afirma que cada um desses países emite 25 por cento dos gases para o efeito estufa do mundo.
O terceiro ponto é a necessidade de pressionar os parlamentos dos países para criar legislações eficazes. Roberto Ferdinand lembra que a ONU (Organização das Nações Unidas) deu até 2020 para os países cortarem 50 por cento das emissões dos gases de efeito estufa do planeta. Segundo ele, há dinheiro e há tecnologia, o que não há é vontade política.
O ato ocorre na mesma semana da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP 22), no Marrocos, onde líderes de 190 países estão reunidos para discutir medidas que mantenham o aumento da temperatura do aquecimento global abaixo de 1,5 graus Celsius. (pulsar/rba)