Marco Polo Del Nero, o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), recebeu, somente em 2014, quatro milhões 460 mil reais de duas das mais importantes federações de futebol do país: a CBF e a Federação Paulista de Futebol (FPF). No período em que recebeu a quantia, Del Nero era dirigente da federação paulista e vice-presidente da CBF, então comandada por José Maria Marin, preso na Suíça desde maio, devido a investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre corrupção no futebol.
O salário mensal de Del Nero entre as duas instituições chegou a 371 mil reais. O valor é bem superior ao mais alto salário de um executivo da Petrobras, que foi de 216 mil mensal no mesmo ano, de acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Atuando como advogado antes de ser dirigente esportivo, Del Nero arrecadou em seu escritório menos de nove mil reais no ano de 2014.
O atual presidente da CBF é um dos suspeitos por envolvimento em casos de corrupção no futebol. Ele foi nomeado para o mais alto cargo da instituição por José Maria Marin, preso na Suíça pelo esquema.
As investigações, comandadas pelo Departamento de Justiça norte-americano, apontaram que Marin dividiu propinas recebidas pela exploração de transmissão e marketing da Copa do Brasil com Ricardo Teixeira – que também é ex-presidente da CBF – e com Del Nero.
Ainda sobre o mesmo caso, na última quarta-feira (28), o governo da Suíça informou que José Maria Marin aceitou ser extraditado para os Estados Unidos para responder à Justiça sobre o processo de corrupção. (pulsar/brasil de fato)