O número de pessoas que sofrem com a fome na América Latina e no Caribe aumentou em dois milhões e 400 mil de 2015 a 2016, alcançando um total de 42 milhões e meio, segundo o relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2017.
Os dados mostram que a fome, em 2013, afetava cerca de 39 milhões de pessoas (6,3 por cento da população regional), e subiu para 42 milhões e meio em 2016, o que representa 6,6 por cento da população regional.
O relatório observa que a prevalência da subnutrição, no mundo, aumentou 11 por cento em 2016. Isso significa que 815 milhões de pessoas sofrem com a fome mundialmente. O aumento foi observado na maior parte das regiões do mundo, mas os maiores retrocessos se deram em partes da África e da Ásia.
Embora os níveis da fome permaneçam baixos na América Latina e no Caribe em comparação com o resto do mundo em desenvolvimento, há sinais claros de que a situação está se deteriorando.
Esse declínio é particularmente forte na América do Sul, onde a fome cresceu de cinco por cento, em 2015, para 5,6 por cento, em 2016, o que representa a maior parte do aumento da fome na região. Ainda que a fome não tenha aumentando no Caribe, a sub-região segue tendo a maior prevalência de fome na região: 17,7 por cento.
O relatório deste ano é uma publicação conjunta da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA). (pulsar/ihu)