Organizações integrantes do Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos encaminharam, esta semana, denúncias internacionais sobre o número alarmante de assassinatos no Brasil em 2016. O documento foi encaminhado para o Conselho Interamericano de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) e para a relatoria de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Apenas na primeira semana de abril, três defensores de direitos humanos foram mortos, dois foram presos, e outras dezenas de pessoas foram feridas em ataques aos direitos humanos. No momento em que se completa 20 anos do Massacre de Eldorados dos Carajás, no Pará, a violência no campo e a injustiça fundiária persiste como ferida aberta no país e vitima dezenas de defensoras e defensores que estão na linha de frente da luta pela terra.
As denúncias, assinadas por onze organizações que compõe o Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos, solicitam o apoio das organizações internacionais para que seja dada visibilidade internacional aos atentados.
O Comitê pede um posicionamento por parte da ONU e OEA, para que o Estado Brasileiro seja relembrado de suas obrigações frente à defesa dos direitos humanos, muitas assumidas em tratados internacionais. Além disso, a denúncia ainda ressalta a necessidade de que o Brasil adote medidas urgentes de investigação dos casos e de proteção aos defensores e defensoras de direitos humanos. (pulsar/justiça global)