Começou na última terça-feira (18), em Brasília, a Primeira Conferência Livre de Comunicação em Saúde, com o tema “Direito à informação, garantia de direito à saúde”. O evento continua nessa quarta (19) e quinta-feira (20) com a participação de jornalistas, blogueiros, coletivos de comunicadores, estudantes, além de conselheiros nacionais, estaduais e municipais de saúde em diversas mesas de debate.
A conferência é uma iniciativa inédita do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que definiu como uma de suas prioridades até 2019 a instituição de uma política de comunicação social do órgão em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e do direito à saúde.
Segundo os organizadores, os principais objetivos do encontro são: subsidiar as ações do controle social em comunicação em saúde; unificar o conceito de acesso à informação ao direito de acesso à saúde; e estabelecer parâmetros de comunicação para comunicadores e militantes do setor, nas diversas plataformas de produção, edição e disseminação de informações.
Renata Mielli, coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), define o evento como uma ideia ousada. Para ela, o acesso à saúde é um direito que sofre o impacto direto do discurso único contra o SUS. Como exemplo, Renata Mielli cita que a mídia corporativa produz “grandes matérias” sobre os problemas do sistema, mas não faz o mesmo com relação ao sistema privado de saúde.
De acordo com Mielli, “O SUS não é perfeito, o Brasil é um país muito grande, com mais de cinco mil municípios e isso precisa ser considerado”. Ela enfatiza que apesar das dificuldades, o Brasil é um dos poucos países do mundo a oferecer o acesso à saúde para toda a população. (pulsar/rba)