Com o início das aulas adiado pela segunda vez e falta de verbas para pagamento de salários, bolsas e manutenção do espaço, servidores e alunos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) se reuniram nesta terça-feira (24), no campus do Maracanã, para protestar e pedir ajuda. A pintura que cobria toda a quadra esportiva trazia os dizeres “SOS Uerj”.
Há cerca de duas semanas, o reitor Ruy Garcia Marques fez um apelo em carta oficial enviada ao governo estadual do Rio, onde evidencia uma das piores crises da história da universidade.
Falta dinheiro para custos mínimos, como comprar alimentação dos animais do laboratório. Os alunos bolsistas não recebem a remuneração de 400 reais desde novembro, quando os funcionários também deixaram de receber os salários.
O restaurante universitário teve de fechar, com uma dívida de dois milhões e meio de reais. O débito total chega a 360 milhões de reais, segundo estimativas dos professores.
Em meio ao cenário caótico, os professores da instituição mantém estado de greve desde agosto de 2016, enquanto os servidores técnicos decretaram paralisação no último dia 16.
A Secretaria Estadual de Fazenda divulgou nota em que afirma não haver previsão de pagamento de fornecedores, e a prioridade corrigir o atraso no salário dos funcionários. No documento, reconheceu ainda que só repassou 65% do orçamento em 2016. (pulsar /el país brasil)