A taxa nacional de desemprego, medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), atingiu 13,2 por cento no trimestre encerrado em fevereiro, no maior índice da série histórica, iniciada em 2012. Isso corresponde a um número estimado também recorde de mais de 13 milhões de desempregados – um milhão e meio a mais em relação ao período anterior e três milhões a mais em comparação com igual período do ano passado. Os números divulgados nesta sexta-feira (31), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, se chocam com o discurso oficial do governo Temer, de melhoria da economia.
O total de ocupados, estimado em 89 milhões 346 mil, caiu um por cento em relação a novembro e dois por cento em um ano. A pesquisa também aponta continuidade de redução do emprego formal. O número de empregados com carteira assinada no setor privado também caiu.
Segundo o IBGE, o rendimento médio, estimado em dois mil e 68 reais, ficou estável tanto em relação ao trimestre anterior como na comparação anual.
Entre os setores, a indústria fecha vagas em relação a novembro, enquanto duas atividades ligadas aos serviços (alojamento/alimentação e informação/comunicação/atividades financeiras) têm crescimento. Em comparação com igual trimestre de 2016, apenas alojamento/alimentação cresce, nove por cento, com abertura de 409 mil postos de trabalho. A indústria cai 4,3 por cento, fechando 511 mil, e a construção recua 9,7 por cento, ou menos 749 mil postos de trabalho. (pulsar/rba)