Ao lado do Chile, o Brasil ocupa o primeiro lugar do ranking de disparidade entre os salários de homens e mulheres. Um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico divulgado na última semana aponta que o salário médio de uma mulher brasileira com nível superior corresponde a 62 por cento da renda mensal de homens com a mesma escolaridade.
O levantamento apontou que o Brasil é o país com a maior diferença salarialentre cidadãos com diploma universitário em comparação àqueles com grau de instrução inferior. A disparidade corresponde ao triplo da média da realidade de 42 países analisados pela Organização.
A desigualdade de gênero também se manifesta nesse quesito: 72 por cento de homens que possuem um diploma universitário ganham mais de duas vezes a média da renda nacional. Entre as mulheres, a taxa cai para 52 por cento.
Ao menos o investimento em educação tem crescido no País. O Brasil destaca-se como a quarta nação que mais ampliou seus gastos no setor entre 2000 e 2009. Segundo o estudo, os investimentos públicos de educação cresceram de 10,5 por cento para 16,8 por cento no período. (pulsar/carta capital)