Neste início de semana mais de 500 lideranças dos dez povos que vivem e lutam na região de Goiás e Tocantins se encontram com outros indígenas e aliados dos movimentos sociais e indigenista para um amplo debate, mobilizações e elaboração de estratégias comuns para o enfrentamento da crise política por que passa o país.
Na terceira Assembléia dos Povos Indígenas, que ocorre entre 20 e 23 de junho, haverá exposição e debate sobre a conjuntura nacional, ressaltando as graves ameaças de retrocessos e perda de direitos, que tem colocado em risco a situação de povos indígenas, camponeses e populações tradicionais.
Durante o encontro, também será feito um amplo debate sobre os grandes projetos desenvolvimentistas, em especial o Plano de Desenvolvimento Agropecúario-MATOPIBA, que mais tem atingido a população originária da região norte e nordeste do Brasil.
A Assembléia Indígena pretende não apenas consolidar os apoios e alianças e união entre os povos, mas também dar visibilidade à luta e direitos dos povos indígenas somando forças com a sociedade civil.
Dentre os temas mais contundentes em torno dos quais pretendem construir alianças, está a questão grave da água e destruição da natureza prevista com a eventual execução de projetos como o PDA- MATOPIBA.
Na opinião da liderança indígena Wagner Kraho Kanela, este será mais um passo para a garantia efetiva dos direitos de seus povos, na consolidação da união para a luta que lhes garanta um avanço na conquista efetiva de seus direitos e contribuição para salvar a nossa casa comum, o planeta Terra. (pulsar/cimi)