Um relatório publicado na última quinta-feira (4) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre concentração de renda apontou que, no ano de 2017, dez por cento de trabalhadores mais ricos acumularam 48,9 por cento do salário global, enquanto os dez por cento mais pobres receberam 0,15 por cento de toda a renda do trabalho gerada no mundo.
Segundo o documento, os 20 por cento de trabalhadores com rendas mais baixas, equivalente a 650 milhões de pessoas, ganham menos de um por cento da renda global do trabalho. Em 2017, a parcela mais rica recebia, em média, sete mil e 500 dólares por mês, enquanto a parcela pobre recebeu 22 dólares.
De acordo com o relatório, os países mais pobres tendem a ter níveis muito mais altos de desigualdade salarial, algo que aumenta as dificuldades das populações vulneráveis.
Para o economista do Departamento de Estatística da OIT, Roger Gomis, “a maior parte da força de trabalho global recebe salários surpreendentemente baixos e, para muitos que têm um emprego, isso não significa ter o suficiente para viver”.
Gomis acrescentou que “a remuneração média da metade inferior dos trabalhadores do mundo é de apenas 198 dólares por mês e os dez por cento mais pobres precisariam trabalhar mais de três séculos para ganhar o mesmo que os dez por cento mais ricos em um ano.” (pulsar/opera mundi)