O desemprego no Brasil aumentou e agora atinge 12 milhões e 700 mil trabalhadores. Foi o que mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Após duas quedas consecutivas, a taxa de desocupação voltou a subir e ficou em 12 por cento no trimestre fechado em janeiro, acima dos 11,7 por cento registrados no período encerrado em outubro. De outubro de 2018 a janeiro de 2019, 318 mil pessoas ficaram desempregadas.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, o trimestre fechado em janeiro foi menos favorável que os mesmos períodos de 2018 e 2017. “Ano passado houve estabilidade na população ocupada e na desocupada, enquanto, neste ano, cresceu o número de desocupados”, afirmou.
Outro ponto da pesquisa é o aumento de trabalhadores informais no Brasil. “Tivemos queda no contingente de empregados do setor privado e no setor público. No primeiro, isso atingiu, principalmente, os trabalhadores sem carteira assinada. Apesar disso, a informalidade aumenta ainda mais, com influência do crescimento dos trabalhadores por conta própria”, disse Azeredo.
Os números não são bons, mas o coordenador defende que o aumento do desemprego é típico para o primeiro mês do ano. “Com a entrada do mês de janeiro, houve um aumento da taxa de desocupação. É algo sazonal, é comum a taxa aumentar nessa época do ano por causa da diminuição da ocupação”, explicou. (pulsar/carta capital)