Nesta segunda-feira (14), cerca de 500 pessoas organizadas no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) protestaram em frente à Décima Segunda Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, Minas Gerais. Eles denunciaram a forma com que a Justiça Federal vem tratando os atingidos do maior crime socioambiental do Brasil, com total descaso e beneficiando as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton.
Mais de um milhão de atingidos estão desde o dia 5 de novembro de 2015 na incerteza do futuro. Em Mariana, moradores de Bento Rodrigues, Paracatu, Ponte do Gama, Pedras e Gesteira, não possuem nem o projeto de reassentamento das futuras casas.
A avalanche de rejeitos de minério que desceu para a Bacia do Rio Doce deixou cidades com abastecimento interrompido, centenas de trabalhadores sem emprego, provocou o surgimento de doenças provocadas pelo consumo da água contaminada e matou diversas espécies de peixes.
Na Foz do rio Doce, litoral do Espírito Santo, comunidades inteiras ainda não foram reconhecidas como atingidas e milhares de pescadores estão sem emprego e sem o que comer. (pulsar/mab)