No dia seguinte à eleição de Jair Bolsonaro (PSL), como presidente da República, o coordenador da Central dos Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim, disse que já é o momento de os movimentos sociais pensarem em como se preparar para os desafios que serão impostos pelo futuro governo de extrema-direita.
“Temos que continuar fortes e nos organizarmos ainda mais para enfrentar uma situação difícil. O ataque aos direitos e à soberania do país será muito mais aprofundado do que está sendo feito pelo governo Temer, o que já não é pouca coisa”, afirmou Bonfim.
Para ele, a vitória de Bolsonaro é ainda consequência da desestabilização em curso no país desde 2015, quando forças políticas conservadoras não aceitaram o resultado das eleições de 2014, iniciando ali o movimento que levou ao golpe contra Dilma Rousseff e à prisão, sem provas e inconstitucional, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Bonfim disse acreditar na criação de uma frente democrática que inclua partidos políticos e movimentos sociais para resistir à conjuntura adversa que virá contra o campo da esquerda. E destacou a ameaça de Bolsonaro de “dar um jeito no ativismo social”. Para o ativista, o futuro presidente demonstra disposição de criminalizar e anular os movimentos sociais do país.
Já estão sendo convocadas mobilizações nas ruas nesta terça-feira (30), para protestar contra a ruptura democrática representada pela eleição de Jair Bolsonaro (PSL). Cerca de 58 milhões de votos garantiram a vitória do capitão reformado – outros 89 milhões de brasileiros não aderiram ao projeto conservador, entre votos brancos e nulos e abstenções.
Ao todo estão confirmados atos em São Paulo, Ceará, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro.
De acordo com a convocatória feita pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo “A eleição terminou, mas a luta está apenas começando: seguimos de cabeça erguida resistindo pelo Brasil!”
*Com informações da RBA e Brasil de Fato