Entre os dias 7 e 10 de outubro o Chile será sede de dois encontros organizados pela Internacional de Serviços Públicos (ISP), federação global de sindicatos de 154 países e territórios que agrupa mais de 20 milhões de trabalhadores. Ambos os eventos ocorrem em Santiago, capital do país.
Nos dias 7 e 8 de outubro, o debate é realizado em torno das lutas contra a corrupção e por uma justiça fiscal, com a participação de 70 dirigentes da federação. Já nos dias 9 e 10, quando é esperada a presença da presidente Michelle Bachelet e de outras 100 mulheres da federação, será a vez de discutir a erradicação da violência contra a mulher no posto de trabalho e no emprego público.
Os filiados à ISP, representados por 669 sindicatos espalhados pelo mundo, são trabalhadores que prestam serviço tanto na administração pública quanto em empresas que fornecem serviços públicos como água, saneamento, energia elétrica e limpeza urbana. Dois terços deles são mulheres.
De acordo com Jocelio Drummond, secretário regional interamericano da federação, não há mais como falar de um serviço público de qualidade sem discutir a questão da justiça fiscal. Segundo o secretário, muitas empresas pagam menos da metade dos impostos que pagavam nos anos de 1960 e mais da metade de todo o comércio mundial passa por paraísos fiscais.
Drummond afirma que transnacionais como General Electric, Boeing, Exxon Mobil, Verizon, Kraft Foods, Citigroup, Dow Chemical, IBM, FedEx, Honeywell, Apple, Pfizer, Google, Microsoft e Merck, praticamente pararam de pagar impostos. Para ele, tanto a evasão fiscal quanto a corrupção são responsáveis por minar diretamente os fundos necessários para a existência de serviços públicos de qualidade. (pulsar/brasil de fato)