Médicos, trabalhadores, entidades da sociedade civil e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) protestaram nesta quinta-feira (5), em São Paulo, contra o sucateamento do atendimento público. Foram denunciados a falta de recursos e problemas de gestão que acarretam a má qualidade na prestação de serviço à população.
De preto, atores encenavam em macas e cadeiras de rodas o drama de pacientes que sofrem nas filas dos hospitais. Também levavam um caixão para simbolizar o enterro simbólico do ministro da Saúde. Perguntado se era destinado ao ex-ministro Ricardo Barros ou o recém-empossado Gilberto Occhi, o vereador Gilberto Natalini (PV) disse que o caixão era grande o suficiente.
Os manifestantes se reuniram em frente à sede da Associação Paulista de Medicina (APM), no centro da capital, e marcharam até a Catedral da Sé, também no centro. O protesto foi organizado pela Frente Democrática em Defesa do SUS.
O SUS foi lembrado como uma conquista da sociedade brasileira, planejado para prestar atendimento a toda população. Os médicos apontam para um esforço deliberado do governo Temer para enfraquecer o SUS e assim privilegiar as empresas privadas de saúde.
Natalini lembrou que cerca de 150 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do SUS.
O presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, lembrou que o próximo domingo (7) marca o Dia Internacional da Saúde, num momento em que o Brasil fica mais cada vez mais distante do caminho da dignidade nesta área, com a deterioração gradual do SUS. (pulsar/rba)