Duas pesquisas divulgadas nesta terça-feira (17) pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Pessoas Trans e Intersexuais (Ilga) mostram que o número de países com leis que permitem a homofobia caiu nos últimos 11 anos e que a aceitação pública de pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) cresceu. Os dados foram divulgados por ocasião do Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia.
De acordo com a entidade – que representa mil e 200 organizações de defesa dos direitos LGBT em 125 países – em 2006, 92 nações tinham leis que consideravam crime a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo. Em 2016, o número de países que têm esse tipo de lei discriminatória caiu para 75.
O estudo sobre a legislação homofóbica foi elaborado pelo professor Aengus Carroll, pesquisador da Universidade College Cork, na Irlanda. Segundo a pesquisa, 13 países integrantes da Organização das Nações Unidas preveem a pena de morte para homossexuais, entre ele o Sudão, a Arábia Saudita e o Iêmen. Em outros 14 países a punição para o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo é de 15 anos de prisão à prisão perpétua. E outros estudam adotar leis semelhantes.
A pesquisa que avaliou atitudes públicas para questões específicas relacionadas com a orientação sexual, identidade de gênero e características sexuais, consultou 96 mil pessoas em 65 países, em entrevistas online. Segundo a Ilga, é a maior investigação já realizada em todo o mundo sobre atitudes em relação às pessoas LGBT.
Os resultados mostram que 68 por cento dos entrevistados ficariam muito preocupados se um filho ou uma filha dissessem amar alguém do mesmo sexo. Em média, 67 por cento das pessoas entrevistadas concordaram com a aplicação dos direitos humanos a todos, independente da orientação sexual.
Com as pesquisas sobre leis discriminatórias e sobre a atitude da sociedade perante a comunidade LGBT, a entidade pretende disponibilizar informações para os trabalhos da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre orientação sexual e ajudar os defensores dos direitos humanos, organizações da sociedade civil e agências governamentais com dados que possam embasar a luta contra o preconceito e a homofobia. (pulsar)
*Com informações da Agência Brasil