A Polícia Militar (PM) do governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) reprimiu manifestantes que protestavam, em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), desde as 10 horas da manhã, contra o pacote de medidas que prevê cortes nos programas sociais, aumento de impostos para trabalhadores assalariados e aposentados, redução de direitos trabalhistas, congelamento de salários, entre outras medidas. A votação do pacote de leis do governo estadual começou nesta terça-feira (6) e deve continuar até segunda-feira (12).
Manifestantes denunciaram que milhares de disparos foram efetuados contra quem estava em frente à Alerj para reivindicar seus direitos. O comércio fechou e as ruas foram tomadas por fumaça das bombas de gás. Marta Moraes, coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) disse que nos dias quatorze e quinze de dezembro todos os servidores públicos vão realizar uma paralisação de 48 horas.
Árvores, escadas e muros próximo à Alerj viraram barricadas usadas pelos manifestantes que se protegiam da violência policial. Os policias se posicionaram nos telhados próximos para atirar balas de borracha contra os manifestantes.
Nem os templos religiosos passaram ilesos. Policiais jogaram bombas de gás dentro da igreja São José, um prédio do século dezoito, considerado Patrimônio Histórico da cidade. Até mesmo as janelas e torres foram usada pela PM para disparar balas de borracha contra os trabalhadores. Pelo menos um caveirão blindado foi usado na operação “antiprotesto” que também contou com um grande número de explosões de bomba de gás lacrimogênio.
Entre os servidores públicos que protestavam estavam presentes professores, estudantes, policiais civis e militares, bombeiros, funcionários da Justiça, da saúde e da administração pública.
No primeiro dia de votação, os deputados estaduais aprovaram projeto reduzindo em 30 por cento os salários do governador, do vice, de secretários e subsecretários de estado, a partir de 2017. O salário do governador passa de 21 mil 868 reais e 14 centavos para 15 mil 307 reais 69 centavos.
Outra medida aprovada foi o fim da frota de carros oficiais a que tinham direito os 70 deputados da assembleia. Ela não será mais renovada e deverá ser extinta em dezembro de 2018. Os diretores da casa não terão direito à carro oficial já a partir da publicação da lei.
Também foi extinta a realização de Sessões Solenes fora do horário de expediente para diminuir o pagamento de horas-extras, bem como os coquetéis que eram custeados pela Alerj. Essas três medidas representarão uma economia em torno de 26 milhões de reais. (pulsar/brasil de fato)
*Com informações da Agência Brasil