Os professores da rede pública de São Paulo decidiram acabar com a greveiniciada no dia 16 de março. A decisão foi tomada na última sexta-feira (12), durante assembleia realizada no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Segundo a organização, cerca de oito mil docentes estiveram presentes.
De acordo com a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a resistência não pode ir além da sobrevivência dos professores e o governo não se sensibilizou com a luta dos professores.
Desde abril, os docentes estão tendo os dias parados descontados. Em junho a maior parte deles teve zero de salário. A categoria judicializou a situação, mas a Justiça foi favorável ao governo paulista e manteve os descontos.
A Apeoesp pretende realizar manifestações toda sexta-feira, contra a proposta de reforma do ensino médio que Alckmin está propondo que, entre outras medidas, quer passar a responsabilidade para os municípios e possibilitar que os alunos escolham as disciplinas nos dois últimos anos. As datas para as mobilizações ainda serão definidas.
Outra batalha que ainda terá de ser travada pelos professores diz respeito à reposição das aulas. Para a presidenta da Apeoesp, o governo paulista e a sociedade acabam sendo os maiores derrotados pela negação do governo em negociar melhores condições de trabalho para os professores. (pulsar/brasil de fato)