Nesta sexta-feira (23) começou em Macapá, no Amapá, a segunda oficina sobre mortalidade materna entre Comunidades Quilombolas. A iniciativa é do Instituto de Mulheres Negras do Amapá (IMENA) e da Associação Cultural de Mulheres Negras do Estado do Rio Grande do Sul (ACMUN), e as atividades vão até sábado (24).
O projeto conta com o apoio institucional do Fundo para Equidade Racial – Baobá, e tem como objetivo capacitar trabalhadores da saúde e ativistas do movimento social sobre a importância do cuidado no período de gestação e puerpério em relação à mortalidade materna. Segundo dados da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra , as mulheres negras são as que mais sofrem com esse tipo mortalidade.
O projeto pretende ainda contribuir no avanço das políticas públicas, na identificação precoce e tratamento apropriado paras as mulheres grávidas. Assim, a expectativa é aumentar o acesso e qualificar os serviços para as mulheres quilombolas, reduzindo assim a mortalidade materna no Norte do país.
Para Keila Souza, que é da comunidade conceição do Maruanum e assistente administrativa do projeto, essa é uma oportunidade das comunidades acompanharem o desenvolvimento dessa política de saúde para população negra, em especial a mulheres.
A oficina é ministrada pela psicóloga e mestre em saúde coletiva Simone Cruz, da Associação Cultural de Mulheres Negras do Estado do Rio Grande do Sul (ACUMUM), e é desenvolvida de forma lúdica, onde os participantes interagem numa dinâmica de colaboração e troca de conhecimento sobre como lidar com a questão. (pulsar)
*A reportagem foi enviada pelo comunicador João Ataíde, que também integra a rede Mídia dos Povos, para a Pulsar Brasil.