O sindicato dos professores da rede estadual paulista (Apeoesp) realiza nesta quinta-feira (2), às duas da tarde, no vão livre do Masp, na avenida Paulista, uma nova assembleia para definir os rumos da greve que entrou no vigésimo segundo dia.
O movimento defende a valorização da carreira, o fim da precarização, que deixa sem contrato mais de 20 mil professores, e contra o fechamento de 3 mil e 400 salas de aula, que superlota as turmas remanescentes.
A greve, que é negada pelo governador Geraldo Alckmin, tem adesão de 60 por cento dos professores, inclusive de escolas de tempo integral, e conta com apoio de outras categorias.
Na terça-feira, a Associação dos Docentes da USP (Adusp) divulgou sua solidariedade; semana passada, foram os servidores da mesma universidade, por meio do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) que manifestaram apoio.
Assim como a Apeoesp, as entidades repudiam o fechamento de turmas e a precarização e desvalorização do trabalho docente por entenderem que tais medidas prejudicam a qualidade do ensino.
A pauta salarial reivindica a equiparação dos salários aos vencimentos das demais categorias de nível superior, bem como para adequar sua jornada de trabalho à jornada prevista na Lei do Magistério (Lei do Piso).
Na última segunda-feira, a direção da Apeoesp reuniu-se com o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, que não apresentou nenhuma proposta salarial e nem para os demais pontos da pauta de reivindicações.
De acordo com a presidenta da entidade, Maria Izabel Azevedo Noronha, é necessário reajuste de 75,33 por cento para que haja equiparação com a média dos salários de trabalhadores com formação em nível superior, como os professores. Ainda segundo o sindicato, o secretário afirmou que só a partir deste mês, após estudos do orçamento e do comportamento da arrecadação no estado, será possível voltar a discutir o assunto. (pulsar/rba)