Os petroleiros amanheceram nesta segunda-feira (25) mobilizados em diversas unidades do Sistema Petrobras, denunciando os efeitos nefastos do desmonte da empresa. A greve por tempo determinado foi aprovada nas bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e teve início na madrugada com atrasos e cortes na rendição dos turnos em diversas unidades operacionais da Petrobrás.
Pela manhã, os trabalhadores de bases administrativas se somaram às mobilizações, que também envolvem ações solidárias incentivadas pela FUP, como doação de sangue nesta segunda, que é dia internacional do doador.
A greve prossegue até sexta-feira (29) e não comprometerá as necessidades essenciais da população, pois não afeta o abastecimento de combustíveis. O objetivo é denunciar o aumento dos riscos de acidentes em função da redução drástica dos quadros de trabalhadores e das violações de normas de saúde, segurança e meio ambiente.
As privatizações e o fechamento de unidades estão impactando diretamente os petroleiros, com planos de demissões e transferências em massa, sem qualquer negociação com a FUP e os sindicatos, o que fere o Acordo Coletivo de Trabalho.
Além disso, o aumento dos riscos de acidentes, em função da redução dos efetivos e do assédio por parte dos gestores, cujas metas para pagamento de bônus e concessão de vantagens incentivam o descumprimento de normas de saúde e segurança, o que viola o Acordo pactuado com os trabalhadores.
De acordo com a FUP, a sociedade também sofre com a privatização, pagando preços exorbitantes da gasolina, diesel e gás de cozinha, que irão disparar ainda mais com a venda de oito refinarias, que são responsáveis por metade de toda a produção de derivados de petróleo no país. (pulsar/fup)