A repressão foi, mais uma vez, a marca da atuação do Estado contra as manifestações contrárias ao governo não eleito de Michel Temer. Em ato realizado nesta terça-feira (13), em Brasília, manifestantes se queixaram do uso excessivo de bombas, balas de borracha e spray de pimenta por parte das forças de segurança, que não permitiram o acesso à Esplanada dos Ministérios durante protesto contra as medidas de austeridade. Diversos participantes ficaram feridos e mais de 100 pessoas foram detidas.
Com foco mais direcionado à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 – aprovada em votação final no Senado por 53 votos a 16 –, os grupos envolvidos no protesto demarcaram oposição também às reformas da Previdência e do ensino médio, ao projeto Escola sem Partido e a outras iniciativas governistas.
Segundo dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP), a manifestação reuniu 2 mil pessoas. Para a organização do ato foi maior. O aparato policial destacado para a ação foi de 1,5 mil agentes, com batalhões de diversas cidades-satélite, além de helicópteros e da cavalaria.
As críticas contra a atuação da polícia marcaram os discursos de vários parlamentares na Câmara e no Senado nesta terça-feira (13). Após a aprovação da PEC 55, o líder da minoria no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), informou que a oposição está estudando ações para buscar a responsabilização do governo pela conduta da polícia. (pulsar/brasil de fato)