De acordo com o ranking divulgado no site da ONG francesa Repórteres sem Fronteiras (RSF), o Brasil divide com o Iraque o quarto lugar em mortes de jornalistas durante o exercício da profissão. Com quatro mortes de jornalistas no ano – até a última sexta-feira (14) – o país fica atrás apenas do México, que contabilizou 12 mortes em 2016; da Síria, que teve sete mortes e está em guerra civil há cinco anos, e do Iêmen, com cinco.
Segundo o ranking, foram 47 jornalistas mortos ao redor do mundo em 2016 e 145 presos, 22 deles do Egito. Os dados de mortes de jornalistas são coletados pela Repórteres sem Fronteiras (RSF) desde o ano de 2002. Em 2015, a ONG contabilizou 81 jornalistas mortos, sendo que o Iraque ocupou a primeira posição, com dez mortes. No ano passado, o Brasil teve seis mortes registradas de jornalistas, ficando em quinto lugar no ranking.
João Valdecir de Borba, que trabalhava na Rádio Difusora AM; Manoel Messias Pereira, do Blog se Diverte; João Miranda do Carmo, do SAD Sem Censura; e Maurício Campos Rosa, do jornal O Grito, foram os jornalistas brasileiros mortos em 2016, até agora.
Em outro ranking sobre liberdade de imprensa, atualizado anualmente pela ONG, o Brasil ficou na posição 99 em 2015. O país tem caído no ranking desde 2002, quando obteve sua melhor posição (54). Na América do Sul, apenas a Venezuela, a Colômbia, o Paraguai e o Equador estão atrás do Brasil em liberdade de imprensa.
O ranking, baseado em uma pesquisa na qual jornalistas de 180 países responderam um questionário sobre liberdade de imprensa e violência, pode ser visto em formato de mapa no site da Repórteres sem Fronteiras (RSF).
Segundo uma análise feita pela ONG, a maior causa da falta da liberdade de imprensa no Brasil apontada pelos jornalistas entrevistados é a corrupção. (pulsar/brasil de fato)